domingo, 21 de junho de 2015

O OLHO DE VIDRO DO MEU AVÔ

Não sou muito dada a correr atrás de livros apenas porque todo mundo está lendo e diz que é bom. Geralmente tendo a lançar um olhar atravessado e pensar cá comigo: tô fora! Preconceito? Talvez...
Mas de vez em quando alguma coisa chama a atenção. E foi assim com Por parte de pai. Quando vi o comentário da Nina no canal do YouTube, não resisti e lá vou eu atrás do livro. A consulta ao site da biblioteca me deixou bastante animada,  eles têm o livro no acervo e está disponível, ansiosa que sou fui logo no dia seguinte pegar o livro por empréstimo . Não encontraram o bendito: mas tem outro do autor aqui, disse a bibliotecária gentil. E foi assim que trouxe para casa um livro com uma capa horrorosa (penso eu), mas de uma escrita com delicadeza indescritível
É um livro triste, melancólico, mas sobretudo belo. Carregado de poesia. 
E eu que nunca me interessei pelo tal Vermelho Amargo, escrito pelo autor, me descubro encantada com escrita de Bartolomeu Carvalho de Queirós. E quem sabe eu não leia o tal Vermelho um dia? Isto depois que conseguir encontrar o Por parte de pai, claro! Afinal era atrás dele que eu estava.

E surpresa boa, o cara é mais premiado do que qualquer outra coisa, então... ele bem que poderia estar entre os ganhadores de prêmios. Mas, vamos deixá-lo representar a nossa língua mãe.


Grifos:
Com apenas meia vista meu avô vigiava seus sete filhos: Maria, Tereza, Júlia, Diva, Afonso, Jafé, e Joaquim. Tinha uma mais pequenininha, que se chamava Santinha, mas vou deixar de lado. Quando minha mãe morreu, a Santa foi morar lá em casa e transformou tudo num inferno.
"A cidade de meu avô se chamava Bom Destino. (...) O mundo deveria se chamar Bom Destino. É um nome bonito para quem está aqui só de passagem. Como somos todos passageiros, a terra toda deveria ser um bom destino. 

Título: O olho de vidro do meu avô
Autor: Bartolomeu Carvalho de Queirós
Pág.: 48
Editora: Moderna
Leitura: 15 a 18/06/2015
Tema: Língua mãe
Data: Dia da língua nacional
Sinopse É o homem que ainda guarda o olho de vidro do avô, mas é o menino que percorre com o leitor os caminhos de Bom Destino, cidade pequena e plana, cansada de tanta paz, em que o tempo parece escorrer mansamente. O avô reina misterioso: com o olho direito, via o sol, a luz, o futuro, o meio-dia, e, com o olho esquerdo, via a lua, o escuro, o passado, a meia-noite; o neto fascinado embrenha-se no mistério como quem não vê, que é o jeito de menino ver. O avô usa um olho de vidro. Como isso aconteceu, não se sabe: parece que o olho de vidro não existe se não se fala dele, mas para o menino, curioso e imaginativo, o olho de vidro provocava atração e receio. Aos poucos, o leitor pode recolher aqui e ali fragmentos da história do avô: ele receitava remédios homeopáticos, tinha sete filhos, um outro amor.



sábado, 20 de junho de 2015

QUERIA QUE VOCÊ ESTIVESSE AQUI

Título: Queria que você estivesse aqui 
Autor: Francesc Miralles 

Editora:   Record 
Pág: 304
Leitura: 25/05 a 15/06/2015
Tema: Casais 

Data: Namorados 
Sinopse
Em QUERIA QUE VOCÊ ESTIVESSE AQUI, Daniel é um bem-sucedido arquiteto na insólita e misteriosa Barcelona. Além de morar na cidade ideal para os amantes da arte, ele vive um romance aparentemente perfeito. Mas no dia de seu aniversário de 30 anos, sua amada o abandona abruptamente. Em pleno naufrágio emocional, sua tábua de salvação é o CD de Eva Winter. Uma cantora quase desconhecida, que vive e atua em Paris. 
O mimo, presenteado por uma das poucas amigas que guarda da época da faculdade, logo se transforma em obsessão. Com o título Queria que você estivesse aqui, cada faixa parece descrever, nos mínimos detalhes, sua vida e suas emoções. Uma delas, ‘Flores na névoa’, tem como protagonista um jovem arquiteto que, depois de sofrer um desengano amoroso, cruza a fronteira em busca de uma misteriosa cantora.
Intrigado, Daniel toma uma decisão: sem avisar ninguém, parte para Paris em busca desta enigmática artista, que parece conhecê-lo melhor do que qualquer outra pessoa. Enquanto descobre a própria identidade — e talvez o amor de sua vida —, começa a suspeitar que a coincidência entre as letras e sua trajetória não tem nada de casual.

******

Tenho por hábito intercalar leituras, costumo ter dois ou três livros  com leituras em andamento. Geralmente tenho um livro mais leve para carregar na bolsa e deixo os mais robustos para ler em casa. Não funcionou muito bem com este aqui, acabei perdendo o interesse e cheguei a pensar em doar o livro para a biblioteca, aliás eu o coloquei na pilha que ia levar para lá. Mas, aí resolvi dar mais uma chance e dedicar-me exclusivamente a ele e aí leitura fluiu, tanto que agora estou em dúvida se ele realmente vai para a biblioteca, provavelmente vou precisar de um tempo maior para o desapego. E apesar de desvendar o mistério logo no começo (li as últimas páginas para me certificar faltando uns seis capítulos para chegar ao final, como sempre). E resumindo,  achei a história bem gotosinha de ler. Nada que me impressionasse muito, mas é uma história legal. 

Há tantas referências aO Jardim Secreto, de Frances Hodgson Burnett, que eu deveria começar a lê-lo tão logo terminasse de ler este aqui, afinal eu o tenho na pilha há algum tempo... Será? 
Enfim, ainda continuo procurando uma boa história de amor, para fechar o mês dos casais com chave de ouro, mas até agora tudo o que li foi apenas "mar ou meno", com exceção daquele Homem de olhos dançantes, lido lá no começo.

Grifos

Amor incondicional é para loucos.


sexta-feira, 12 de junho de 2015

A ROSA E O ESPINHO

Quando vi este livro num canto obscuro/escuro da Livraria Cultura de cara achei-o  bonitinho. Dei uma rápida olhada na chamada da contra-capa e acabei trazendo-o para casa. Coloquei-o na estante e depois de algumas tentativas de leitura infrutíferas  resolvi deixá-lo descansar. Agora que andava à procura de um livro leve para ler lembro deste A rosa e o espinho e pensei: e porque não.  O livro é certamente engenhoso, depois de retirá-lo da caixinha (box?!), você é apresentado a um pequeno livro de capa-dura (hard cover?) e em seguida pensará ai meu Deus o livro está se despedaçando, desfazendo, ou vá lá o nome que tenha isto. Mas, aí descobre que é um livro inusitado. Com duas histórias, não tem começo e nem fim, e quando termina uma história começa a outra, você escolhe por onde quer começar, eu escolhi ler primeiro a história de Brendan e em seguida a história de Evelyn. Bem como eu não tinha expectativas me diverti com leitura. Embora dê para ler uma sentada, escolhi ler uma história em um dia e a outra no outro. 
A autora ganhou o  Prêmio World Fantasy de 2008.


Título: A rosa e o espinho: duas histórias um amor
AutoraTheodora Goss
Editora: Vergara & Riba
Leitura: 11 a 12/04/2015
Tema: Casais, 
Data: Namorados
SinopseA rosa e o espinho - Quando Evelyn Morgan entrou na livraria da pequena cidade de Clews não imaginava que iria encontrar ali seu grande Amor... E quando Brendan Thorne entregou-lhe um romance medieval, também não sabia que tal fato mudaria tudo... Era como se os dois fizessem parte daquele velho livro e a história de Amor registrada naquelas páginas ganhasse vida. A Rosa e o Espinho é um artefato literário especial: o leitor é convidado a escolher qual lado da história prefere ler primeiro, pois, neste caso, o livro dispõe um formato sanfonado. Não há exageros estilísticos e estruturais, de forma que a leitura seja ainda mais prazerosa e apaixonante. Um Amor eterno, onde o fim é só o recomeço.


UM AMOR DE ADOLESCENTE

Um amor de adolescente é uma das histórias contidas no livro Segundas Chances, de Barbara Delinsky, que durante muito tempo figurou entre uma das minhas escritoras favoritas principalmente por conta do livro Sombras de Grace
Neste livro Grace é uma bem sucedida jornalista, que percebe-se perdendo a memória, a luta dela para camuflar o Alzheimer e de sua família para lidar com a  suadoença me conquistaram. 
Depois disto eu li vários livros da autora, gostei de vários uns mais outros menos. Geralmente comprava tudo que a Bertrand publicava, depois começaram a aparecer uns que não me desagradavam de todo, mas que eu lia e logo em seguida não lembrava de coisa alguma. 
Não sei quando este livro (Segundas Chances) veio cá para casa, não tenho o hábito de anotar a data de compra dos livros, ou de quando chegam por aqui. Também não sei quando li a primeira das histórias (Com amor e carinho), deve ter cerca de um ano ou pouco mais. E esta semana achei que estava na hora de concluir a leitura  do livro. Já havia tentado algumas outras vezes sem muito sucesso. Mas, depois de uma certa insistência e conseguir transpor as primeiras páginas a leitura fluiu muito bem. Embora a história seja absolutamente clichê, e por vezes tão meloso e melodramático que torna-se patético, mas ainda assim gostei de ler, porque me diverti com o livro e assim está bom.  
A autora agraciada com os prêmios de melhor Romance Contemporâneo da revista Romantic Times e a Medalha de Ouro da associação Romance Writers of America.


Título: Um amor de adolescente
Autor: Barbara Delinsky
Pág.:  218
Leitura: 13 a 18/04/2015
Tema: Casais
Data: Dia dos Namorados
SinopseMarni tinha apenas 17 anos quando se apaixonou por Web. Mas um trágico acidente os afastou por 14 anos  Agora presidente do império da família Lange, Marni é escolhida para estrelar a primeira capa da mais nova revista da empresa. E, para captar a essência daquela mulher de 31 anos através das lentes, é contratado um virtuoso da fotografia… Brian Webster.  




quarta-feira, 3 de junho de 2015

O PINTOR QUE ESCREVIA



Não me pergunte como cheguei a este livro, porque não sei. Quando decidi procurar opções de livros na biblioteca, cheguei a este, mas não lembro o que buscava. 
Será minha primeira leitura de um livro de Letícia Wierzchowski. Da autora tenho na pilha esperando há algum tempo: Sal. Mas, este Pintor me chamou a atenção e vamos a ele. 

A narrativa começa bem fluída e a leitura corre de maneira muito boa. A história começa na década de 1950 e em seguida dá um salto para a década de 1970. Algumas vezes, o tempo histórico não me convencia totalmente. Era como se eu estivesse em um baile à fantasia.  
Embora o livro seja bem curto a partir de determinado ponto a leitura emperrou e não conseguia avançar. Livro errado no momento errado? Não sei.  E cheguei ao final mais como uma forma de me livrar logo do livro que de saber o final da história, uma pena porque começou muito bem. 
Se você já leu me conta como foi a leitura para você.  Mas, se você não leu não desista da história tem resenhas bem positivas no Skoob. Talvez eu não esteja mais acostumada a ler histórias de amor...

PS1: Lembrei. eu encontrei este livro da Letícia enquanto procurava os ganhadores de prêmio.

PS2. Ah! Faltou dizer que a história de amor (possível/impossível/ardente/caliente) não me convenceu.  Aliás, não a história, os motivos da história. Talvez amor não se explique, até se complique, mas...

Grifos:


A minha rinite e a minha alma, Zeca. Uma mulher louca, uma bela mulher e um pintor suicida.  Estamos muito bem, é uma bela combinação. Nem imagino o que aquelas telas podem estar guardando...
Um pintor que escrevia. A tela era sua página.
Por que conto isso agora? Talvez porque, hoje, eu pinte apenas para ter este lenço esticado.
Depois deste céu você quer um Valium?
De outro nicho, sai correndo uma barata, assustada com aquela presença inconveniente e perturbadora.

Título: O pintor que escrevia: amor e pecado
Autora: Letícia Wierzchowski
Editora:  Record
Pág: 144
Leitura: a 13/01  a 20/01/2015
Tema: Casais
Data: Dia dos namorados

Sinopse: Duas pessoas apaixonadas e um pecado que transforma suas vidas são os protagonistas de O Pintor que Escrevia , novo romance de Leticia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres . Em O Pintor que Escrevia , a autora conta a história de Marco Belluci, pintor italiano que se refugiou no Brasil durante a Segunda Guerra e suicidou-se sem explicações. Belluci deixou muitos quadros, que foram encaixotados e assim permaneceram por muito tempo. Vinte e um anos depois da morte de sua morte, um conhecido marchand ao avaliar sua obra, descobre textos escritos atrás de cada tela, que revelam um amor que custa crer que tenha existido.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

RENEGADO

Título: Renegado 
Autora: Diana Palmer
Editora
Harlequin Books
Pág.: 333
Leitura: 24 a 25/05/2015
Tema: Casais
Data: Dia dos Namorados
Sinopse
O chefe de polícia Cash Grier leva a sério sua missão: manter a lei e a ordem nas ruas de Jacobsville, mesmo que para isso tenha de enfrentar políticos influentes e corruptos. 
Desde cedo Cash teve de aprender que nada, nem ninguém, deve ser avaliado apenas pela aparência. E quando se trata da encantadora Tippy Moore, o cuidado é redobrado.
Apesar da vida glamourosa como modelo e atriz, Tippy tem traumas profundos, além de ser insegura em relação aos homens.
Quando Cash começa a acreditar que Tippy pode ser a mulher com que sempre sonhou, um terrível acontecimento o torna novamente um homem descrente e amargo. mas ele é desafiado pelo destino para reavaliar seus sentimentos... e salvar o verdadeiro amor de sua vida!

*****
Quando escolhi o livro da Diana Palmer para o mês dos casais no Desafio confesso que foi mais para tirá-lo da pilha do que por curiosidade ou ânsia de leitura. O livro está aqui por casa deve haver uns bons quatro anos ou mais.

Embora inicialmente tenha achado a história bem chinfrim e completamente previsível, devo dizer que após as primeiras páginas consegui envolver-me na leitura e dei conta do livro em dois dias. Comecei num domingo, o que ajudou bastante. 

Não há muito o que dizer, além de que o livro cumpre o seu papel de livro para leitura de entretenimento. E embora seja uma história romântica tem um que de narrativa policial permeando toda a história. 


Grifos?

Nenhum, claro!

AS PONTES DE MADISON

Ainda lembro do dia que saindo do Shopping vi o livro nos Caminhos da Lembrança: de volta As pontes de Madison em uma banca. Eu que assisti ao filme trocentas vezes (a Globo não se cansava de reprisar e eu de ver), trouxe-o para casa e que delícia de livro lembro de me sentir como transportada à cozinha de Franscesca, ouvindo Kincaid contar sua história.  E agora quando pensei em ler As pontes de Madison não foi exatamente por conta do Desafio, estava realmente com vontade de ler algo leve, poético. Sim, eu queria ler  uma boa história de amor e dando uma olhada nos livros por ler em minha estante no Skoob, lembrei deste. E pensei que era o ideal para o momento.  E que narrativa deliciosa que tem o Waller, é tão poético e ao mesmo tempo tão sensorial... sensorial,  não quis dizer sensual, embora também o seja, mas não é erótico. 
E traz um que de saudosismo gostoso. E embora a maioria não goste, ache fraco, ruim e por aí vai, a leitura é para mim bem prazerosa. Talvez porque carregue tão nitidamente na memória afetiva cenas do filme tantas vezes visto.
Tá bom , eu sei não é uma obra prima, mas gosto assim mesmo! Aliás, parece que eu sempre vou contra a corrente.... :p
E como ninguém é perfeito e não é estático num sábado à tarde resolvo rever As pontes de Madison, interrompo a leitura e vamos ao filme. Descubro que sempre gostei da interpretação de Meryl Streep e que sempre achei o trejeito de Eastwood no filme meio calhorda. O clima todo do livro é completamente diferente do que vejo nas cenas. Interrompo a exibição e me volto para  Juliette Binoche e  Johnny Depp em Chocolate. E encerro a sessão de cinema em casa  vendo mais uma vez o meu preferido de sempre: 84 Charing  Cross Road. 

Ao final da leitura penso ter alguns pontos a considerar...  sim o livro é inverossímil, pouco crível, incongruente...  piegas(?),  mas... 

Grifos
Ele não conseguia  entusiasmar-se o suficiente com a ideia de moda.  As pessoas jogavam fora roupas perfeitamente boas.
O pessoal de Iowa tem seus defeitos, mas a falta de cuidado com o próximo não é um deles.



Título: As pontes de Madison 
Autor: Robert James Waller 
Editora: Relume Dumará
Pág: 199
Leitura: 01/02  a 22/03/2015

Tema: Casais 
Data: Dia dos Namorados
Sinopse: O possível amor impossível de Robert Kincaid e Francesca Johnson já conquistou mais de 12 milhões de leitores em todo o mundo. Vividos no cinema por Clint Eastwood e Meryl Streep, os personagens criados por Robert James Waller em ´As Pontes de Madison´continuam a impressionar pela verdade que transmitem de uma paixão ao memso tempo madura e sonhadora, vivida nas cinematográficas paisagens de Iowa. Fotógrafo da ´National Geagraphic´, Robert Kincaid corre mundo, solitário, tendo como único objetivo capturar as belas imagens de que vive. Em suas andanças, bate à porta da fazenda de Francesca. Em busca de informações sobre a região, ele encontra um amor que vai mudar completamente seus valores - e também o seu destino. Bastam quatro dias, o tempo que passam juntos, para que suas vidas jamais voltem a ser as mesmas.