sábado, 19 de setembro de 2015

A TEMPESTADE

Eu tenho A tempestade por aqui há algum tempo, não sei precisar quanto.  Gosto  de quase tudo que li de Shakespeare até agora, e não houve nenhum que eu pudesse dizer simplesmente não gostei. E assim foi com este, apesar de não ter sido uma leitura super empolgante, os livros do bardo sempre me trazem boas reflexões e quiçá boa diversão. 



A tempestade, vez por outra, saía das prateleiras e após a primeira página lida voltava para ela. Até que o vídeo da Gláucia me instigou a retirá-lo de lá, quando eu vi que A tempestade era uma peça com um viés "fantástico", tema de fevereiro aqui neste DL de 2015. Então resolvi que era agora ou nunca. Descubro que eu e minha edição de bolso da Saraiva com a magistral tradução da Barbara Heliodora não nos entendemos muito bem.  

Era para ser uma leitura de livros de fantasia, mas como os livros do bardo parecem ter sido banidos, e este A tempestade parece ter tido uma história recente de estigma, Deus sabe lá porque, resolvo deixar este para o mês dos banidos, já que A Greve dos sexos, foi um fiasco em termos de leitura. 

Infelizmente este foi um livro que tendeu para o divertido, algum encantamento e trechos e mais trechos de fraca concentração, de pensamento a voar por aqui e acolá.  Não faço ideia do porque. Talvez um dia eu pense numa releitura, talvez não. 

Acho que minha experiência de leitura com ele foi semelhante àquela que tive com Como gostais, também de Shakespeare. Não conseguiria recordar-me de muita coisa não fosse as referências vistas no filme com a Drew Barrymore. 

Grifos
Ninguém a quem eu ame mais que a mim mesmo
Tá tudo perdido. Vamos rezar, vamos rezar! Tá tudo perdido.
Ora, meu senhor! Onde está ela, a consciência?
Lembrai-vos primeiro de tomar posse dos livros dele; sem os livros, ele é só mais um palerma embriagado, que nem eu;
Queimai-lhe apenas os livros,

Título: A tempestade
Autor: Shakespeare
Editora: L&PM
Pág: 112
Leitura:  22 a 26/03/2014
Tema: Livros banidos
Data: Semana da liberdade de leitura
Sinopse“A tempestade” é considerada a obra mais pessoal e ousada de Shakespeare. Relata a história de Próspero, duque de Milão, traído pelo próprio irmão e banido para uma ilha na companhia da filha. Depois de 12 anos no exílio, Próspero ? uma espécie de mago ? cria uma tempestade que faz naufragar o navio que leva seus desafetos, e pode finalmente colocar em prática a sua vingança.




terça-feira, 8 de setembro de 2015

AS AVENTURAS DE TOM SAWYER

TítuloAs Aventuras de Tom Sawyer
AutorMark Twain
Editora:   L&PM Pocket

Pág: 304
Leitura: 07/06 a 20/06/2015
Tema: Banidos 
Data:  
SinopseTom Sawyer, um menino órfão, e seu grande amigo criam tantas aventuras quanto uma criança pode imaginar. No entanto, algumas de suas brincadeiras os conduzem a situações verdadeiramente perigosas, e Tom Sawyer se depara com o fortalecimento da amizade e a descoberta do amor. Muito mais que um simples livro de aventuras, é um romance sobre a difícil transição da infância para a fase adulta. Além disso, Mark Twain pontua as singelas estripulias de Tom com suas críticas a respeito da natureza humana e da hipocrisia da sociedade, o que faz com que a obra não seja destinada apenas a meninos e meninas, mas também a homens e mulheres. 


******

Desde muito que Tom Sawyer mora por aqui, e sabe Deus porque nunca li. Mas, Deus é Pai e protege os inocentes, e eu sou inocente ;-). Então, eis que em mais um desses tempos bicudos quando preciso de leituras mais leves e quiçá acalentadoras; corro à procura de algo assim por aqui e escolho  Huckleberry Finn e descubro que a primeira frase do livro é: Você não sabe nada sobre mim se não leu um livro com o nome As aventuras de Tom Sawyer. E então vamos a ele. 
Os primeiros capítulos são divertidos e engenhosos e deixam-me com um sorriso tolo no rosto, então é o livro ideal para ler antes de dormir. Tom é um garoto pra lá de esperto e está sempre aprontando. E no começo ele sempre me fazia pensar em Zezinho de O meu pé de laranja lima. Mas, Zezinho é bastante ingênuo enquanto Tom é mais esperto e peralta. Depois suas peraltices me fizeram pensar no Os meninos da rua Paulo.  
Em dado momento as peraltices transformaram-se em diabruras inconsequentes e incomodaram-me bastante,  e as cenas com uma certa carga de violência quase me fizeram abandonar a leitura. Ao final chego a conclusão de que ainda que concorde que o livro do Mark Twain seja uma obra-prima sou obrigada a confessar que o livro não 
é para mim. E não sei quanto tempo levarei para pensar em ler o Huckleberry Finn que está na prateleira há um bom a olhar para mim,  deverá permanecer lá por um bom tempo.   

De todo modo  o livro foi em algum momento proibido/banido.  

Grifos: 
Na verdade, turma inteira de Tom seguia o mesmo padrão - eram inquietos, barulhentos e encrenqueiros. 

Quanto mais Tom tentava aplicar sua mente ao livro, tanto mais errantes se tornavam suas ideias.  

A igreja não tem graça nenhuma perto de um circo. (?1) 


Bons comentários/resenhas: 
https://mscamp.wordpress.com/paginas-escritas/as-aventuras-de-tom-sawyer/ 




sábado, 5 de setembro de 2015

A REVOLUÇÃO DAS MULHERES / A GREVE DO SEXO

Quando vi este livro disponível na biblioteca, fiquei bem satisfeita. Já estava interessada nele há algum tempo, instigada por mais uma micro resenha do Tito, lá no Skoob. Mas, infelizmente a edição que encontrei não me agradou em nada, aliás deixou-me bastante irritada em muitos trechos. 
Esperava uma obra divertida e ao mesmo tempo revolucionária, mas encontrei uma obra adaptada e não sei onde começa Aristófanes e termina Mário da Gama Kury, o tradutor. Diversas passagens irritaram-me demasiadamente. Um excesso de adaptações onde até Lula foi parar na obra de Aristófanes...  num diálogo entre duas mulheres:
''1ª MULHER Mostrando a barba postiça que traz na mão. Veja que barba linda! 
2ª MULHER E a minha? Parece a do Lula"
E tem mais esta pérola, que ainda traz talvez o ranço do preconceito contra o nordestino, não sei:
Muito bem! Muito bem! Fala, baiano!
E mais esta:
“Por Nossa Senhora do Parto”, sua errada! 
Coisas desta ordem na obra me deixaram tão chateada que acabei não aproveitando a leitura como deveria. Embora tenha visto comentários elogiosos justamente a estas "atualizações". Se encontrar no futuro uma tradução diferente ficarei feliz de poder ler algo menos "adaptado". Mas, tem trechos divertidos e ao final a gente já sabe o poder? Corrompe!


Título: A revolução das mulheres / A greve do sexo
Autor: Aristófanes
Editora: Brasiliense (é a mesma tradução da Zahar)
Pág. 94
Leitura: 15/02 a 19/02 
Tema: Livros banidos