A maioria daqueles que me conhecem sabem que geralmente passo longe de livros/autores que estão no topo da lista dos mais vendidos, aclamados, aplaudidos, etc. Esta minha resistência/desconfiança vem de reiteradas decepções. Assim geralmente estou sempre atrás dos esquecidos/poucos lidos e por aí vai, e muitas vezes eles me surpreendem. Verdade que posso perder coisas muito boas e interessantes, mas de um modo geral tem funcionado melhor para mim desta forma, do que aventurar-me por águas muito revolvidas ou navegadas.
Assim este Sejamos todos feministas, não segue exatamente o tipo de caminho que costumo percorrer. Não pelo tema, mas pelo oba oba (com todo respeito à aclamada e premiada) em torno da escritora. Gostei da leitura, chama a atenção para pontos que estão tão entranhados na cultura ocidental/oriental que até parece "natural". Mas, lógico não dá para ser profundo/extenso numa palestra. O livro me fez lembrar dO Contrato Sexual, da Carole Pateman, um dos melhores livros que já li a tratar da condição feminina.
Grifos:
Todos nós, mulheres e homens, temos que melhorar.
Por que ensinamos as meninas a aspirar ao casamento, mas não fazemos o mesmo com os meninos?
Homens e mulheres são diferentes [e aqui é preciso complementar: mas não desiguais]
Título: Sejamos todos feministas
Autora: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Pág: 36 páginas
Leitura: madrugada de 06/01/2015
Tema: escrito por mulher
Data: Dia Internacional da Mulher
Sinopse: O que significa ser feminista no século XXI? Por que o feminismo é essencial para libertar homens e mulheres? Eis as questões que estão no cerne de Sejamos todos feministas, ensaio da premiada autora de Americanah e Meio sol amarelo."A questão de gênero é importante em qualquer canto do mundo. É importante que comecemos a planejar e sonhar um mundo diferente. Um mundo mais justo. Um mundo de homens mais felizes e mulheres mais felizes, mais autênticos consigo mesmos. E é assim que devemos começar: precisamos criar nossas filhas de uma maneira diferente. Também precisamos criar nossos filhos de uma maneira diferente."Chimamanda Ngozi Adichie ainda se lembra exatamente da primeira vez em que a chamaram de feminista. Foi durante uma discussão com seu amigo de infância Okoloma. Não era um elogio. Percebi pelo tom da voz dele; era como se dissesse: Você apoia o terrorismo!. Apesar do tom de desaprovação de Okoloma, Adichie abraçou o termo e em resposta àqueles que lhe diziam que feministas são infelizes porque nunca se casaram, que são anti-africanas, que odeiam homens e maquiagem começou a se intitular uma feminista feliz e africana que não odeia homens, e que gosta de usar batom e salto alto para si mesma, e não para os homens.Neste ensaio agudo, sagaz e revelador, Adichie parte de sua experiência pessoal de mulher e nigeriana para pensar o que ainda precisa ser feito de modo que as meninas não anulem mais sua personalidade para ser como esperam que sejam, e os meninos se sintam livres para crescer sem ter que se enquadrar nos estereótipos de masculinidade. Sejamos todos feministas é uma adaptação do discurso feito pela autora no TEDx Euston, que conta com mais de 1 milhão de visualizações e foi musicado por Beyoncé.
Li um livro da Chimamanda faz pouco tempo e valeu muito a pena! Ainda não li o "Sejamos todos feministas", mas está na fila de leitura.
ResponderExcluirAcho interessante essa sua opção por ler livros menos conhecidos. Eu também tento ler coisas desconhecidas, mas acabo não resistindo ao hype. :P
Não posso dizer que não é intencional, geralmente estes livros com muita publicidade geram uma expectativa tão grande que sempre me decepcionam.
ExcluirE sinceramente acho que muitos deles acabam por ser bons apenas por que a publicidade diz assim. Mas, o que importa é ser feliz na leitura, seja com livros conhecidos ou com ilustres desconhecidos, pois não?