domingo, 5 de junho de 2016

LEITURAS: RESENHAS & ENSAIOS

Eu li O vento nos salgueiros, de Kenneth Grahame, e A dama e o Cachorrinho, de Tchekhov, por conta dos escritos de Alberto Manguel. Bloom (o Harold) me levou a ler Persuasão e o outro Bloom (o Allan) me levou a Orgulho e Preconceito. Isto para citar apenas alguns. Ou seja os livros de crítica literária e mesmo os livros sobre livros sempre renderam bons momentos de leitura e boas indicações literárias.

Então  quando encontrei este livro do Cristóvão Tezza pensei estar diante de mais um achado. Bem talvez, pena que eu é que não tenha encontrado nada. 

Foi uma leitura difícil, arrastada e sorumbática. Não encontrei em  nenhuma das mais de noventa resenhas um pouco da paixão de Bloom pela literatura ou do encantamento de Manguel pela leitura. E saio dessa leitura com o sentimento de missão cumprida  ("bendito desafio"), mas com um certo desalento.  Não me diverti, não me encantei e devo dizer que ao escrever estes comentários lembro de pouca coisa do que li. :(

Você há de me perguntar se o livro é ruim, e eu direi que não sei. Sei apenas que não é para mim. E depois de tudo isto  eu me lembro de um dito de Mindlin (que foi quem me fez voltar aos escritos do bom e velho Machado): "Não faço nada sem alegria". Penso que a cada vez que pego um livro que me faz sofrer para ler devo lembrar disto. 



Título: Leituras: resenhas & ensaios
Autor:  Cristovão Tezza
Editora:  ToVo
Pág: 344
Leitura:  05/03 a 17/04/2016
Tema: Três palavras
Sinopse:  O presente volume - exclusivo em edição digital - é uma reunião de textos críticos de Cristovão Tezza, publicados em jornais, revistas e livros, de 1995 a 2013. Há resenhas mais breves, que saíram em jornais e revistas, como Folha de S.Paulo, Veja, O Estado de S.Paulo e O Globo; outras mais extensas, publicadas em cadernos literários; e ensaios de maior fôlego, como posfácios e conferências. O livro - que é prefaciado pelo crítico Manuel da Costa Pinto - inclui ainda duas palestras e uma crítica inéditas. 

quinta-feira, 2 de junho de 2016

NÃO TEMAS O MAL

E depois de estar Entre Quatro Paredes (de Sartre), com Garcin, Inês e Estelle para afinal constatar que "o inferno são os outros." Vamos tentar descobrir de onde vem o mal. Afinal se "você não é uma pessoa má. Eu não sou uma pessoa má. E o mal existe no mundo." Ele tem de vir de algum lugar.  Simples assim? Pois, pois. Há muito mais para ser investigado, analisado e quiçá compreendido. E devo dizer que esta não foi uma leitura fácil. Logo no começo os autores pedem que não leiamos o livro de um fôlego só, mas não imaginei que levaria quase oito meses para concluir a leitura de um livro tão pequeno.

Você não é uma pessoa má. Eu não sou uma pessoa má.
Contudo mal existe no mundo. De onde ele vem?
No começo pensei que era um livro da época da nova era (que hoje é velha?), depois pensei que era místico, descubro que é um livro de psicologia transpessoal (não sei muito bem o que isso significa) e com um quê de espiritualismo. Não traz fórmulas prontas, mas me abre os olhos para vários aspectos de mim mesma e porque não dizer dos outros. 

Este certamente não seria um livro que escolheria para o Desafio, mas resolvi escrever sobre ele. Não creio que este breve comentário o/a leve a ler este livro especificamente (embora eu ficasse bem contente se conseguisse angariar adeptos para esta leitura no mínimo esclarecedora), mas espero que faça com que dê oportunidade a leituras não usuais em seu cotidiano. Pois se estivermos abertos para novas experiências de leitura, e sem expectativas mesmo o que não estava programado pode ser bem interessante e proveitoso. 

Uma das curiosidades é que este livro estava na pilha há cerca de vinte anos, ou mais. 

Para saber mais:
Psicologia transpessoal



Título: Não temas o mal 
Autor:  Eva Pierrakos
Editora: Cultrix
Pág:  245
Leitura 27/07/2015 a 22/032016
Tema: Título com três palavras
Sinopse:  'Não Temas o Mal' apresenta a ideia do mal numa abordagem prática e moderna que pode ajudar os leitores a encarar suas experiências negativas sob uma nova luz que poderá transformar a dor pessoal em alegria e prazer.