domingo, 1 de novembro de 2015

O ANO DO PENSAMENTO MÁGICO


Minha história com este livro vai longe, muito tempo mesmo,  nem sei quanto.  Tempos atrás lembro de ter visto este livro aqui e ali, não sei exatamente porque achei que era autoajuda e que não estava interessada. 
Mas, aí vem este tema de novembro no Desafio e tenho que procurar alguma coisa para ler. Não lido bem com o tema na vida real, nem no mundo da imaginação, então pensei: PASSO! 
Mas, ainda assim fiquei pesquisando para ver se encontraria algo que pudesse ler, e que o melhor seria ler logo e me livrar da porcaria. (desculpe-me! mas...)
Fiz uma listinha e fui pesquisar nas bibliotecas, porque em minhas prateleiras dificilmente encontraria alguma coisa. E encontrei este aqui, peguei o livro e começo a leitura, o tema é pesado. Me parece que a leitura flui bem, e apesar do tom de estupefação nos capítulos iniciais que leio  a leitura avança sem que me dê conta. Penso em alternar a leitura com algo mais leve, penso em ler apenas um ou dois capítulos por dia, mas apesar disso vou lendo naquele ritmo de só mais um capítulo, só mais um. E o livro acaba. Apesar disto, lá por volta da página 80 a leitura deu uma travada quando fiquei me perguntando o que era o tal do pensamento mágico. Sinceramente ainda não sei, mas também deixa pra lá. 
É sim um tema pesado, o livro mistura um estilo diário com reportagem e há demasiados termos técnicos/científicos/médicos.  
Chamou-me a atenção a foto escolhida para a contra-capa que traz uma Didion ainda jovem, e quando ela escreveu o livro já estava com cerca de 70 anos.  
Fico me perguntando porque...

Uma das coisas que me chama a atenção no livro é a generosidade que é vista e acolá por parte de amigos. Sempre me causa uma certa estranheza estes relatos, porque parecem mais raros por estas plagas, onde cada um vive em seu mundinho e finge não existir a dor. Aliás onde parece que todo mundo faz parte de propaganda de margarina.  

O livro ganhou o Prêmio National Book, seja lá o que isto signifique. 

Grifos:


Eu conversava com John sobre tudo o que acontecia.
Tudo estava indo bem, como sempre, e de repente aquela merda toda aconteceu.
A vida se transforma rapidamente. A vida muda num instante.Você se senta para jantar, e aquela vida que você conhecia acaba de repente.
Até o presente momento, eu só tinha podido sofrer, não realmente ficar de luto. Sofrer é uma coisa passiva. Apenas acontece. O luto, o ato de lidar com o sentimento de perda, requer uma atenção especial. 



Título: O ano do pensamento mágico 
Autora: Joan Didion
Editora:  Nova Fronteira 
Pág: 221
Leitura: 13/01 a 18/01/2015 

Tema: Morte/morrer 
Data: Finados
SinopseAs frases iniciais de "O Ano do Pensamento Mágico" dão o tom exato da narrativa densa e contagiante que será compartilhada com o leitor: "A vida se transforma rapidamente. A vida muda num instante. Você se senta para jantar e a vida que você conhecia acaba de repente". Sem uma gota de autopiedade e com um estilo envolvente e emocionante, Joan Didion, uma das mais aclamadas escritoras e intelectuais americanas, narra o período de um ano que se seguiu à morte de seu marido, o também escritor John Gregory Dunne, e a longa doença de sua única filha. Feito com uma contagiante dose de sinceridade e paixão, "O ano do pesamento mágico" nos revela uma experiência intensamente pessoal e, ao mesmo tempo, universal. Uma história que falará alto a quem ama ou já amou alguém, com a profundidade que as grandes relações têm, sejam elas entre pais e filhos ou entre companheiros de uma vida. Este é um livro para todos os que já se perguntaram: E agora? O que fazer se a vida parece não ter mais sentido algum? É um livro sobre a superação e sobre a nossa necessidade de atravessar - racionalmente ou não - momentos em que tudo o que conhecíamos e amávamos deixa de existir  

4 comentários:

  1. Eu também achava que o livro era autoajuda ou algo do tipo. Acho que o nome sugere isso. :P

    Lendo sua resenha, fiquei um pouco curiosa para ler, mas ao mesmo tempo não sei se é bem o meu estilo.

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  2. Comecei a escutar esse audiobook. Faz tempo que tento utilizar essa ferramenta, mas sou do tipo que se distrai se não tiver algo em que focar os olhos. E a entonação das pessoas que leem as histórias também nunca tinha me agradado. Daí encontrei esse audiobook e comecei a ouvir. Já escutei 5 capítulos! Está sendo uma experiência diferente, mas interessante.

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    1. Eu já ouvi O sargento de Mílicias, e até gostei.
      O que me incomoda é que às vezes eles tentam dar uma entonação de novela. E eu preferia ouvir alguém lendo um livro.
      E também ouvi alguns contos clássicos brasileiros: Machado, Artur Azevedo. Eu ouvia enquanto arrumava a casa.

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