segunda-feira, 3 de outubro de 2016

A GAROTA NO TREM

Não entendo nada, ou quase nada,  de thrillers, e thriller psicológico muito menos. Então quando o vi tema de outubro no Desafio minha reação imediata foi de pular para trás, torcer o bico e rejeitar a ideia, exatamente como fiz com o tema dos serial killers quando acabei lendo o É fácil matar, da Agatha Christie. Depois de muito procurar chego a Odisseia, de Homero. A wikipédia diz que o texto do dramaturgo pode ser considerado o precursor dos thrillers psicológicos, não me pergunte porque.

A ideia de ler Homero não estava totalmente descartada quando A garota no trem surgiu entre as leituras de Fê, uma boa amiga lá do Skoob. Ela disse que o livro era de leitura rápida e que era uma boa opção de entretenimento. E foi assim que cheguei a esse A garota no trem. Que confesso acho o suspense bem ralo, mas que chama a minha atenção por conta de tantos outros dramas pessoais. 

Mas fico pensando o que acontece comigo para sair da leitura de um livro cheio de gente neurótica como A última chance, para entrar nesse aqui que é cheio de gente doida. Sabe aquela máxima: de perto ninguém é normal? Pois então, a julgar por esse livro aqui, de longe também não. 

Grifos? Muitos, muitos mesmo:

Perdi o controle sobre tudo, até sobre os lugares dentro da minha cabeça.
Não sou mais o que eu era. Não sou mais atraente; acho que no fundo sou repelente. Não é só o fato de ter engordado, ou de meu rosto estar inchado de tanto beber e de dormir pouco; é como se as pessoas conseguissem ver o estrago em mim como um todo, elas veem isso no meu rosto, na minha postura, nos meus movimentos.
Não consigo dormir. Não durmo há dias. (frase do livro de Murakami)
Nunca entendeu como é possível sentir saudade do que nunca se teve, e ainda chorar por isso.

Título: A garota no trem
Autor:  Paula Hawkins 
Editora:  Record
Pág: 378
Leitura:  18/02 a 21/08/2016
Tema:  Thriller psicológico
Sinopse:  Todas as manhãs, Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas dágua, pontes e aconchegantes casas.
Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes a quem chama de Jess e Jason , Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess na verdade Megan está desaparecida.
Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos. 
Uma narrativa extremamente inteligente e repleta de reviravoltas, A garota No Trem é um thriller digno de Hitchcock a ser compulsivamente devorado.

4 comentários:

  1. Em certa altura deste ano, li na sequência umas 4 ou 5 histórias que falava de gente meio perturbada. Foi bem estranho... hahaha
    Eu gosto de thrillers mas não consigo imaginar essa história como um. De qualquer forma, vou tentar ler antes da estreia do filme.

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    1. Acredita que agora estou lendo um cheio de gente bizarra?

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    2. Qual era esse livro cheio de gente bizarra?

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  2. O ancião que saiu pela janela e desapareceu, de Jonas Jonasson. Não tem um personagem normal. Ri muito na primeira parte, depois achei que era sempre mais do mesmo. Mas livro como um todo é bem divertido.

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