Sou do tempo em que nos finais de ano os canais de TV nos brindavam com filmes esperançosos e reconfortantes e isto em praticamente todo o mês de dezembro. Havia no ar um quê de magia, alegria e esperança que era maravilhoso. Visitávamos nossos amigos e eramos visitados por eles e todos ficavam contentes com estas visitas e manifestações de bem querer. Se havia problemas? Claro que havia. Mas no Natal todos acreditávamos: no futuro, no ser humano, na vida. É estou ficando "véia", começo a dizer: "bons tempos aqueles".
E foi o saudosismo que me levou a ver pela primeira vez o filme Milagre na rua 34, e depois disso eu o vi um sem número de vezes. Um filme que sempre me fez acreditar na magia do Natal. E qual não foi a minha surpresa ao dar com o livro no Skoob, e logo pensei em comprar. Mas aí descobri que o livro era de 1947, sinal de problemas, livro de mais de cinquenta anos combina com tudo menos com rinite. Por diversas vezes eu o coloquei no carrinho de compras da Estante Virtual, para depois sair de mãos abanando com medo de topar com um livro velho, mofado e impossível de ler. Até que um dia não resisti e comprei o bendito. É sim um livro usado, com todos os sinais de manuseio, mas não está mofado, estragado ou coisa que o valha, e de modo algum foi publicado na década de 1940, talvez na de 70 ou 80. Não faço ideia de porque ele é sempre cadastrado como editado em 47. Vai entender...
Comprei-o no ano passado, quando chegou já estávamos em janeiro 2016, e apesar da curiosidade reservei para as leituras natalinas. Pois é, sou das que leem livros de Natal no Natal. E que leitura saborosa foi essa que acabo de fazer. Uma história simples e singela que me leva refletir sobre o que é o Natal e sobre a minha capacidade de acreditar. Infelizmente não creio que muitos queiram se aventurar em histórias assim, vivemos num tempo em que para ser boa a história deve ter dor, quanto mais melhor, muito sofrimento e angústia, e se derramar um tanto de sangue é então o supra sumo. Indo contracorrente ando sempre à procura de livros que me alegrem o coração e aqueçam a alma. E se aqui e ali me fizer rir, melhor ainda. Os dramas têm seu mérito, mas não em todas as horas. Vivo num tempo já muito dramático, então...
E o bom dos desafios é descobrir novas possibilidades. Quando pensei em ler Milagre na rua 34, pensei apenas em meu projeto pessoal de leituras de final de ano. Mas aí vi que podia encaixá-lo na Maratona Vamos Baixar a Pilha, que me pede para ler livro em que o enredo que se passe no Natal e ler um livro que tenha as cores do Natal na capa (Vermelho e/ou Verde). Bem esse aí serve para os dois. Mas ele também serve para o Desafio Literário do Skoob que tem como meta de dezembro ler um livro com nome de lugar no título.
Para saber mais:
https://en.wikipedia.org/wiki/Valentine_Davies
Grifo:
O Natal não é apenas uma data. É um estado de espírito. É isso que tem mudado.
Editora: BestBolso
Pág: 117
Leitura: 29/11 a 04/12/2016
Tema: Nome de lugar, Natal e Capa Vermelha
Sinopse: Milagre na Rua 34 é um livro inspirador, que conta a história de uma menina que foi criada para não acreditar em milagres. Mas quando aparece em sua cidade um velhinho que afirma ser o verdadeiro papai noel, seu ponto de vista se transforma completamente. Tema: Nome de lugar, Natal e Capa Vermelha