quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A VIDA NO CAMPO

  Quando assisti ao vídeo da Roberta no canal Flames o livro A vida no campo, do Joel Neto, logo me chamou a atenção. Não tenho me animado a comprar livros nos últimos tempos, mas neste caso eu não resisti corri ao site da Cultura para ver se estava publicado por aqui, ou se dava para encomendar, não dava. Então talvez quem sabe, exista ebook. Também não havia. :(

Resolvi esquecer e esperar, vai que um dia ele é publicado por aqui. Mas a mosquinha da ansiedade e inquietação ficava zumbindo no meu ouvido. Revi o vídeo, olhei os comentários no Goodreads e fui ao site da Wook, coloquei o livro no carrinho e depois olhei o câmbio. Aff! Retirei do carrinho. Mas dias depois não resisti comprei  o "bendito" assim mesmo. E assim que chegou li umas trinta páginas e era tão bom que fiquei com dó. Guardei o livro e pensei em ler ao final do ano quando gosto de ler livros que aqueçam a alma, porque esse é assim. 



Mas não conseguia resistir e agora que é perto da primavera retiro o livro da prateleira para ler e que delícia de leitura. Muitos trechos eu li e reli, às vezes reli capítulos inteiros (ou melhor dias, pois o livro é escrito em forma de diário). É tão bom de ler, que gostaria de indicá-lo a toda gente, mas nenhum livro (nem coisa alguma) agrada a todos infelizmente. 




Já penso em incluí-lo naquelas (re)leituras que sempre programo para o final do ano, como O vento nos salgueiros (que já ando relendo por aqui), o 84 Charing Cross Road e este ano está incluído neste planejamento O mistério de Natal, e quem sabe mais alguns. 



Grifos:
Do Ti José Nogueira não rezará a História. Quem mudou o mundo não foram os camponeses honestos, que pagaram seus impostos e encheram a igreja da freguesia no dia em que foram a enterrar. Dos aventureiros , dos inventores e dos facínoras - deles, sim, reza a História.Por isso se inventou a literatura. (logo na primeira página).
Só o que é íntimo me interessa. 
Está bem, não era Bing Crosby: era Michael Bublé. Mas que importa? É preciso estar-se muito infeliz para não se gostar do Natal.  Felizmente, nunca cheguei a não gostar do Natal - nem nos dias piores.Eu tive dias piores? Nem sempre me lembro. 
Só aí percebi: quando decide mostrar-se moderno e urbano, a primeira coisa em que um provinciano investe é na indiferença. 
Esta semana, o meu vizinho Rogério, que é continental descreveu-me assim os Açores: "Um lugar onde nunca se chega e de onde nunca se parte."  Quem me dera ter sido eu a escrevê-lo.

Para saber mais:
Sobre a Terra Chã
Turismo na Ilha Terceira
Saída: A vida no campo, de Joel Neto
Dona Amélia: receita
Açores: Ilha Terceira
Sabores e Açores




Título: A vida no campo
Autor:  Joel Neto
Editora:  Marcador
Pág: 232
Leitura:  26/08 a 
Sinopse:  Um homem e uma mulher. Um jardim e uma horta. Dois cães. Ao fim de vinte anos na grande cidade, Joel Neto instalou-se no pequeno lugar de Dois Caminhos, freguesia da Terra Chã, ilha Terceira. Rodeado de uma paisagem estonteante, das memórias da infância e de uma panóplia de vizinhos de modos simples e vocação filosófica, descobriu que, afinal, a vida pode mesmo ser mais serena, mais barata e mais livre. E, se calhar, mais inteligente

5 comentários:

  1. Só maravilhoso! Ainda não terminei, mas sei que muitos excertos serão relidos!

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    1. Curiosa para ver sua opinião na Roda, deste e de Arquipélago.
      É tão simples e tão bom, não é?

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  2. Muito bom! A opinião de Arquipélago já publiquei no meu blogue e atualizei no goodreads. Mais tarde publico na Roda.
    Pode ler a opinião no meu blogue: http://planetamarcia.blogs.sapo.pt/arquipelago-joel-neto-opiniao-724188
    Tirei até duas fotos no lugar de Dois Caminhos!:)
    Boas leituras!

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  3. Gostei das fotos, os azulejos deram-me uma sensação de saudade impossível de descrever. Como posso sentir saudade de algo que nunca vi?

    Adorei a resenha de Arquipélago, mas ainda tenho receio de me decepcionar depois de ter gostado tanto do outro. Não sei se entende como é.

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  4. Sim, entendo Marta. Mas eu acho que vai gostar" :)

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