segunda-feira, 12 de setembro de 2016

LIVRO SOBRE NADA

Quem me conhece sabe que não sou uma leitora dada a ler livros de poesia, talvez por falta de hábito, talvez por falta de sensibilidade para a coisa. O que sei é que durante muito tempo o único autor de poesia que circulou por aqui foi o Manuel Bandeira. Mas vez por outra eu faço umas incursões  pelo universo poético. Nem sempre são as melhores leituras ou escolhas, como por exemplo quando escolhi  o Charneca em Flor, da Florbela, lido para o Desafio Literário de 2014, que não foi lá a melhor leitura do mundo... Mas às vezes  a experiência é extremamente prazerosa ou uma grata surpresa como aconteceu quando li os Hai Kais, do Millôr para o DL de 2014, ou o Bagagem, da Adélia. 

Então eu diria que é um avanço chegar à biblioteca procurando um livro de poesia para ler, ainda que tenha uma ressalva: que seja pequeno. E trouxe para casa o Livro sobre nada, talvez porque o tenha visto nos vídeos da Dani (a Bibliotecária Leitora), ou na estante do Regi (amigo lá do Skoob).  O que não esperava era me encantar com a escrita do Manoel. E num domingo à tardinha pego o livro para dar uma olhada e quando dou por mim a leitura acaba, percebo que o autor me conquistou. Seus escritos sobre nada são tão deliciosos e por vezes divertidos que penso em ler outras coisas do autor, e me faz até pensar em ampliar os horizontes e quem sabe dar uma oportunidade à Cora?

Grifos
Quem ama exerce Deus - a mãe disse. Uma açucena me ama Uma açucena exerce Deus?
Deus deu a forma. Os artistas desformam.É preciso desformar o mundo.
Do lugar onde estou já fui embora. 
O que não sei fazer desmancho em frases. 


Título: Livro sobre nada
Autor:  Manoel de Barros
Editora:  Record
Pág: 86
Leitura:  31.07.2016
Tema: Autor brasileiro 
Sinopse:  Para falar sobre o nada, este livro de Manoel de Barros, evidencia a primeira pessoa; seja quando o poema deixa falar o 'eu poético', seja quando o poeta cita seus próprios versos de obras anteriores, ou quando o nome próprio do autor assinala em 'idioleto manoelês archaico.

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