Mas aí me surgiu um vídeo feito pela Camila Navarro no canal Viaggiando que fez com que eu corresse atrás do livro, ainda assim dei uma pesquisada nas estantes e comentários de amigos para certificar-me de que o livro era para mim.
E num sábado de muita chuva e uma certa indisposição lá se vai eu à biblioteca que descubro que depois de três semanas continua fechada, sabe Deus porque. E então corro à Juracy Magalhães, onde encontro o livro. E naquele mesmo dia chuvoso eu começo a ler o livro da Carolina de Jesus. Não li tão rapidamente quanto gostaria porque esta foi uma semana bastante atribulada.
Um livro impactante e necessário, e durante a semana em que o li todos os meus amigos e familiares tiveram que aguentar a falação sobre Carolina de Jesus. Penso que a última vez que fiz isto foi quando li Arroz de Palma, do Francisco de Azevedo (infelizmente, porque indica que já faz um bom tempo que não lia um livro que me tocasse tanto).
Não posso dizer que foi um tapa na cara, para mim tapa na cara é em 2016 eu ter medo de um menino de dez anos, quando cruzo com ele na rua. Ou quando passo pelo centro da cidade à noitinha voltando do trabalho e vejo pessoas revirando o lixo em busca de comida.
VIDEO DA CAMILA NAVARRO
Grifos:
Li um pouco. Não sei dormir sem ler. Gosto de manusear um livro. O livro é a melhor invenção do homem.
Senti o cheiro de álcool. Pensei ele está bêbado Um menino de 9 anos. O padrasto bebe, a mãe bebe e a avó bebe. E ele é quem vai comprar pinga. E vem bebendo pelo caminho.
O que eu fico admirada é das almas das favelas. Bebem porque estão alegres. E bebem porque estão tristes.
A única coisa que não existe na favela é solidariedadePara saber mais:
Quarto de despejo: diário de uma favelada - A escrita como válvula de escape
A escrita de Carolina Maria de Jesus: do quarto de despejo para o mundo
Título: Quarto de Despejo: diário de uma favelada
Autor: Carolina Maria de Jesus
Autor: Carolina Maria de Jesus
Editora: Ática
Pág. 176
Leitura: 18 a 26/06/2015
Tema: Autor brasileiro
Sinopse: A voz do povo: essa expressão figurada se torna concreta nas páginas de Quarto de despejo. Nesse livro, o cotidiano cruel dos favelados se apresenta por ele mesmo, nas suas próprias palavras. Com a linguagem simples de que dispõe, a autora conta o que viu e viveu, sem artifícios ou fantasias. Mas, ao mesmo tempo, com um estilo único que comove pela força de seu realismo e sensibilidade. Carolina de Jesus foi catadora de papel e viveu na favela do Canindé. É a condição humana dos miseráveis que traduziu em sua obra, um exemplo autêntico de literatura-verdade.
Pág. 176
Leitura: 18 a 26/06/2015
Tema: Autor brasileiro
Sinopse: A voz do povo: essa expressão figurada se torna concreta nas páginas de Quarto de despejo. Nesse livro, o cotidiano cruel dos favelados se apresenta por ele mesmo, nas suas próprias palavras. Com a linguagem simples de que dispõe, a autora conta o que viu e viveu, sem artifícios ou fantasias. Mas, ao mesmo tempo, com um estilo único que comove pela força de seu realismo e sensibilidade. Carolina de Jesus foi catadora de papel e viveu na favela do Canindé. É a condição humana dos miseráveis que traduziu em sua obra, um exemplo autêntico de literatura-verdade.
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