domingo, 28 de agosto de 2016

PERSÉPOLIS


Persépolis me interessou por causa dos comentários da Gláucia, e sempre imaginei que um dia o leria. Às vezes pensava em pedir o livro emprestado, mas acabava declinando da ideia, lá no fundo achava que não ia gostar. 

Mas aí veio o Clube de Leitura com a ideia de ler o livro em agosto, e penso chegou a hora. Pois então, num dia qualquer do mês de agosto resolvo começar a leitura que deve ser rápida, afinal é uma HQ. E eu li Parafusos em dois ou três dias, e com este não devia ser diferente... Pois, pois.

Demorou para pegar, eu lia umas poucas páginas e largava para lá . Não ia. Depois fluiu melhor, mas aí quanto mais eu lia, mas parecia distante do fim. E a porcaria não tem páginas numeradas(afff!!!).  Olho quanto já li: trinta por cento? será que aqui já dá quarenta?  Começo a contar as páginas e desisto. Volto a ler. Não acaba nunca.

Mas por que tanta gente gostou e eu não? Me pergunto a todo mundo. A resposta? Vai saber!...
Sei que não sinto simpatia/empatia pelo personagem. E aí mato a charada. É uma biografia pois não? Então porque penso na Marjane como um personagem? Alguma coisa não funciona para mim. E ainda tem o agravante que fico comparando com Lendo Lolita em Teerã, de Azar Nafisi. Ou seja fiz tudo errado com esse livro: não me deixei levar, comparei-o com outro e no fim tive má vontade. 

E depois de ler quase metade do livro lembro que ele poderia estar entre as opções de leitura para o mês das biografias no Desafio Literário.  

Grifos:
Quando vier uma onda grande, abaixe a cabeça e deixe ela passar. 
Jamais falávamos de guerras ou de morte, os assuntos preferidos dos meus amigos do Liceu. 
Naquele dia aprendi uma coisa fundamental: só podemos ter dó de nós mesmos quando ainda é possível suportar a infelicidade. 


Título: Persépolis
Autor:  Marjane Satrapi
Editora:  Companhia das Letras
Pág: 352
Leitura:  08/08 a 19/08/2016
Tema: Biografia
Sinopse: Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita - apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.
Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.
Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama - e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

4 comentários:

  1. Puxa, que pena que não gostou muito. :/
    Uma coisa que eu não gosto muito em Persépolis é a parte histórica, que não achei tão interessante nem tão compreensível quanto eu gostaria, mas tirando isso gosto bastante do livro.

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    1. Ligia,
      Quando a Gláucia disse que era divertido eu não resisti, fiquei super curiosa, aliás nunca a resisto a comentários tipo: morri de rir.

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  2. Que pena que não funcionou pra você :(
    Eu me liguei na história imediatamente e a leitura fluiu fácil. Talvez o filme desse mais certo. Acho que ele é mais dinâmico e divertido. Ou não... hahaha.

    Sobre Payback: Você gostou? Se tiver algum livro da Atwood aí na sua biblioteca, e se você estiver a fim de fazer uma leitura compartilhada, avise e a gente combina, tá?
    bjo

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    1. Mi, Persépolis não é ruim. Acho que não tive muita empatia com a autora.
      Sobre Payback respondi lá no Resumo da Ópera! ;)

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