Mas, eis que chegamos ao mês do frio, e a meta era ler Conto de Inverno, de Shakespeare, que achou de sumir em algum buraco negro das minhas prateleiras, e então fui procurar alguma outra coisa que servisse para este tema. Foi então que lembrei deste aqui, acho que a Sibéria é suficientemente fria para entrar no Desafio do mês dedicado ao inverno, pois não?!
Quando comecei a leitura, pensei em ler rapidamente, tipo assim: eu preferiria ler outra coisa, mas já que tenho que fazê-lo, me dá aqui e vamos acabar logo com isto. Minhas expectativas foram frustradas. A narrativa da autora é envolvente e eu ia lendo, um capítulo, depois outro, mais outro. Mas, como o tema é pesado, alternei com Monteiro Lobato, para conseguir ir em frente (bendito Monteiro!). Nenhum outro livro surtiu efeito, pois os personagens criados pela autora, teimavam em acompanhar-me mesmo depois de encerrada a leitura diária.
Todo mundo sabe que evito livros pesados, tensos (não densos), a vida já o é o suficiente. E basta ligar a TV em qualquer jornal para ter a dose diária de terror e casos policias em quantidade suficiente para uma vida. Apesar disto li este A vida em tons de cinza, terminei o livro me debulhando em lágrimas. E como diz a Nedina em sua resenha no Skoob, só leia se estiver bem.
O que mais me chocou/entristeceu foi pensar que a barbárie vivida por aquele povo continua acontecendo nos mais diversos cantos do planeta e não prevejo nenhuma luz além do front. Por isto, penso que um grifo é suficiente para encerrar este comentário aqui:
"o mal irá governar o mundo até o dia em que os homens e mulheres bons decidirem agir."
Gostei destas aqui:
Resenha da Nedina
Resenha do Helder
Título: A vida em tons de cinza
Autor: Ruta Sepetys
Pág: 240
Editora: Arqueiro
Leitura: 16 a 19/05/2015
Tema: Inverno
Data comemorativa: Inverno
Sinopse: 1941: a União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada.
Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria.
Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe.
No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos.
A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.
Gostei muito da sua resenha! Não tinha me interessado por esse livro ainda, apesar de achar a capa maravilhosa! Mas depois de ler duas resenhas que fizeram para o desafio, acabei me interessando! Já está adicionado à lista de leitura! ;)
ResponderExcluirInfinitos Livros
Obrigada, Samy. O livro vale muito a pena!
ExcluirAh! E pelo Aamor (!) isto não é uma resenha... (rs)
Não? Sempre chamei isso de resenha. Quando a pessoa fala as impressões e sentimentos que teve durante a leitura de um livro, juntamente com sua sinopse.
ExcluirEntão, tá!
ExcluirEu chamo de pensamentos aleatórios, mas pode chamar de resenha.
;-)
Acho que o conceito de resenha é tão discutível que não faz tanta diferença assim, no fim das contas. O importante é passar a impressão que o livro causou e incentivar a leitura. :)
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