quinta-feira, 2 de julho de 2015

A VIDA EM TONS DE CINZA

Em 2014 eu participei de dois Desafios Literários (pura maluquice, eu sei, mas no final até que deu tudo certo!), ambos organizados em grupos do Skoob. Um deles foi o das Divas, e foi assim que A vida em tons de cinza, de Ruta Sepetys veio parar nas minhas mãos. Eu o ganhei num dos sorteios entre as participantes do Desafio. Achei a capa linda, o título sempre me remetia a outros Tons de Cinza, e a sinopse me dizia para manter-me afastada dele. 

Mas, eis que chegamos ao mês do frio, e a meta era ler Conto de Inverno, de Shakespeare, que achou de sumir em algum buraco negro das minhas prateleiras, e então fui procurar alguma outra coisa que servisse para este tema. Foi então que lembrei deste aqui, acho que a Sibéria é suficientemente fria para entrar no Desafio do mês dedicado ao inverno, pois não?!

Quando comecei a leitura, pensei em ler rapidamente, tipo assim: eu preferiria ler outra coisa, mas já que tenho que fazê-lo, me dá aqui e vamos acabar logo com isto. Minhas expectativas foram frustradas.  A narrativa da autora é envolvente e eu ia lendo, um capítulo, depois outro, mais outro. Mas, como o tema é pesado, alternei com Monteiro Lobato, para conseguir ir em frente (bendito Monteiro!). Nenhum outro livro surtiu efeito, pois os personagens criados pela autora, teimavam em acompanhar-me mesmo depois de encerrada a leitura diária. 





Todo mundo sabe que evito livros pesados, tensos (não densos), a vida já o é o suficiente. E basta ligar a TV em qualquer jornal para ter a dose diária de terror e casos policias em quantidade suficiente para uma vida. Apesar disto li este A vida em tons de cinza, terminei o livro me debulhando em lágrimas. E como diz a Nedina em sua resenha no Skoob, só leia se estiver bem.  

O que mais me chocou/entristeceu foi pensar que a barbárie vivida por aquele povo continua acontecendo nos mais diversos cantos do planeta e não prevejo nenhuma luz além do front. Por isto, penso que um grifo é suficiente para encerrar este comentário aqui:
"o mal irá governar o mundo até o dia em que os homens e mulheres bons decidirem agir." 

Gostei destas aqui: 
Resenha da Nedina
Resenha do Helder


Título: A vida em tons de cinza
Autor: Ruta Sepetys 
Pág: 240
Editora: Arqueiro
Leitura: 16 a 19/05/2015 
Tema: Inverno
Data comemorativa: Inverno
Sinopse:  1941: a União Soviética anexa os países bálticos. Desde então, a história de horror vivida por aqueles povos raras vezes foi contada.
Aos 15 anos, Lina Vilkas vê seu sonho de estudar artes e sua liberdade serem brutalmente ceifados. Filha de um professor universitário lituano, ela é deportada com a mãe e o irmão para um campo de trabalho forçado na Sibéria.
Lá, passam fome, enfrentam doenças, são humilhados e violentados. Mas a família de Lina se mostra mais forte do que tudo isso. Sua mãe, que sabe falar russo, se revela uma grande líder, sempre demonstrando uma infinita compaixão por todos e conseguindo fazer com que as pessoas trabalhem em equipe.
No entanto, aquele ainda não seria seu destino final. Mais tarde, Lina e sua família, assim como muitas outras pessoas com quem estabeleceram laços estreitos, são mandadas, literalmente, para o fim do mundo: um lugar perdido no Círculo Polar Ártico, onde o frio é implacável, a noite dura 180 dias e o amor e a esperança talvez não sejam suficientes para mantê-los vivos.
A vida em tons de cinza conta, a partir da visão de poucos personagens, a dura realidade enfrentada por milhões de pessoas durante o domínio de Stalin. Ruta Sepetys revela a história de um povo que foi anulado e que, por 50 anos, teve que se manter em silêncio, sob a ameaça de terríveis represálias.

5 comentários:

  1. Gostei muito da sua resenha! Não tinha me interessado por esse livro ainda, apesar de achar a capa maravilhosa! Mas depois de ler duas resenhas que fizeram para o desafio, acabei me interessando! Já está adicionado à lista de leitura! ;)

    Infinitos Livros

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    1. Obrigada, Samy. O livro vale muito a pena!
      Ah! E pelo Aamor (!) isto não é uma resenha... (rs)

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    2. Não? Sempre chamei isso de resenha. Quando a pessoa fala as impressões e sentimentos que teve durante a leitura de um livro, juntamente com sua sinopse.

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    3. Então, tá!
      Eu chamo de pensamentos aleatórios, mas pode chamar de resenha.
      ;-)

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    4. Acho que o conceito de resenha é tão discutível que não faz tanta diferença assim, no fim das contas. O importante é passar a impressão que o livro causou e incentivar a leitura. :)

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